- As tensões comerciais e mudanças na política fiscal seguem ditando os movimentos de curto prazo nos preços do ouro.
- O avanço da dívida pública e a incerteza fiscal podem sustentar o metal, mesmo diante da alta nos rendimentos dos títulos.
- Níveis-chave: perda dos US$ 3.300 pode intensificar as quedas, enquanto rompimento de US$ 3.380 reforça cenário de recuperação.
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Nas últimas semanas, os preços do ouro têm reagido principalmente às notícias sobre a guerra tarifária, que segue em constante mudança. Recentemente, as tensões entre Estados Unidos e China deram sinais de alívio, com algumas tarifas sendo reduzidas. Por outro lado, o embate com a União Europeia se intensificou. Por ora, o aumento planejado das tarifas sobre produtos europeus, que subiria para 50%, foi adiado para 9 de julho, o que cria um breve período de trégua.
Os preços do ouro ensaiaram uma recuperação no curto prazo, mas não há qualquer indicação robusta de que a tendência de alta de longo prazo esteja ameaçada. Muitos investidores podem, inclusive, interpretar esses recuos pontuais como oportunidade para entrada a preços mais atrativos.
Dívida crescente e aumento de gastos podem sustentar o ouro?
Um dos principais eventos da semana, com impacto potencial sobre a economia dos EUA — e, de forma indireta, sobre o dólar e o ouro — foi o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s, de AAA para AA1. Apesar de já esperado no curto prazo, esse movimento pode gerar efeitos mais duradouros sobre o mercado de metais preciosos.
A decisão reflete, sobretudo, a política fiscal expansionista do governo, que segue sem apresentar um plano consistente para conter os gastos ou ampliar a arrecadação. Um novo pacote fiscal, recentemente aprovado, prevê cortes de impostos combinados com aumento de despesas em áreas como defesa e imigração. Estimativas conservadoras apontam que essa medida poderá adicionar US$ 3,8 trilhões à dívida pública americana. Esse cenário de endividamento crescente e ausência de disciplina fiscal pode, gradualmente, fortalecer o ouro como ativo de proteção.
Por um lado, a elevação dos rendimentos dos títulos longos do Tesouro americano exerce pressão baixista sobre os preços do ouro. Por outro, o avanço da dívida pública e o risco de aceleração inflacionária seguem como fatores de sustentação para a demanda pelo metal no longo prazo.
No curto e médio prazo, as taxas de juros definidas pelo Federal Reserve seguem como variável-chave para a precificação dos Treasuries, do dólar e do próprio ouro. Desde a última reunião do Fed, o mercado ajustou as apostas, projetando agora o primeiro corte de juros para setembro.
Além disso, a expectativa anterior de três cortes neste ano foi reduzida para dois, o que reforça a percepção de que o impulso recente do ouro pode perder força no curto prazo. De todo modo, grande parte desse movimento já foi precificada, e os investidores aguardam novos catalisadores para definir a próxima direção.
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Análise técnica do ouro
Há pouco mais de um mês, o ouro vem ando por um movimento corretivo dentro de uma tendência estrutural de alta. O e mais recente foi registrado ligeiramente acima de US$ 3.100 por onça. Atualmente, o metal está em fase de recuperação, mirando a região das máximas anteriores, próxima a US$ 3.450 por onça.
No curto prazo, é possível observar claramente um movimento de queda recente, que se desenvolve dentro de um canal de baixa. A configuração gráfica sugere que, caso haja rompimento da linha inferior do padrão de bandeira, os preços podem recuar em direção à zona de e em torno de US$ 3.300 por onça.
Se esse patamar de US$ 3.300 for perdido, o próximo alvo para os vendedores a a ser a região de US$ 3.250 por onça. Por outro lado, se o preço superar a resistência em US$ 3.380, o cenário de correção mais profunda seria praticamente descartado, reforçando a retomada do movimento de alta.
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